O vôo de Nadi (Fiji) para Nuku’Alofa (Tonga) pela Fiji Airlines durou 1:30h, bem tranquilo. O controle de saúde continua bastante intenso por causa do coronavírus. Mas passei bem rápido. O transfer do meu Waterfront Lodge estava me esperando no aeroporto.
No caminho do aeroporto para meu Lodge percebi que Nuku’alofa parece um interior da Bahia: muita plantação de côco, bananeiras e tapioca. E muitas, muitas igrejas. E muitos, muitos, muitos cemitérios. Só que são cemitérios diferentes: super coloridos e enfeitados. Alguns tem outdoor com a foto da pessoa que faleceu e uma mensagem enorme. Outros só são (muito) decorados.
Meu Lodge é na frente do porto. Uma gracinha! Tem um restaurante embaixo, e os quartos são em cima. Jantei no restaurante do Lodge um Ota Ika, o ‘ceviche' de Tonga. Delicioso!.
No outro dia acordei para tomar café da manhã incluído na diária. Frutas, café, torradinhas e ovos fritos. E galinhas do meu lado, pintinhos, coisa mais querida!
Às 12:30h saí para um tour pela ilha. Sakê é o meu guia. Ele fala inglês perfeitamente, é muito paciente e prestativo. Foi indicado pelo meu hotel. Tonga tem mais de 170 ilhas, dentre as quais 40 são habitadas.
Podemos chamar de Reino de Tonga, porque tem uma família real vivendo aqui no Palácio Real. Ele fica em frente ao mar e é branquinho, de madeira. Só o portão tem uma coroa dourada, se não fosse por isso talvez ninguém compreendesse que fosse o Palácio Real. Fiquei pensando que, se eu fosse Rainha, preferiria o Palácio Real de Tonga ao Palácio de Bughimnham. Pelo menos pela vista. Ele foi começou a ser construído em 1867.
Por toda a ilha existem placas com mapas de evacuação em caso de tsunamis. Isso depois de um tsunami que arrasou grande parte da ilha. Não existem, por exemplo, árvores muito velhas na ilha. A maioria foi arrancada com a força das águas.
Abel Tasman foi o primeiro que registrou a chegada no país em 1643. Ele era holandês, então nomeou o país de “Eua Middleburg an Tongatapu Amsterdam”. Sim, Amsterdam. Ele comentou em seus escritos que ninguém na ilha estava armado, e que lhe ofereceram água de côco para beber. Escreveu que o povo era “da paz e amigável”. Tati Luft, 2020, concorda totalmente. Eles são extremamente gentis e amáveis.
Algumas árvores possuem em seu topo uma grande quantidade de morcegos. São chamadas de Flying foxes. Eles se alimentam principalmente de frutas, e gostam de um clima quente e úmido. E, claro, essas árvores ficavam bem próximas de um cemitério bem colorido.
O lugar mais incrível que eu queria ver com os meus próprios olhos é a Blow Holes em Mapu’a Vaea.
Parecem os gêiseres que vi na Islândia, mas na verdade o jato de água que passa pelos buracos dos corais com a força das ondas que batem neles. São mais de 5km na costa, é uma maravilha da natureza.
Outra coisa intrigante da ilha é o Tsunami Rock - Mala Sio’ata ou Mala Tolo’a Maui, que fica na aldeia de Kala’au. É uma rocha gigante (olha como eu pareço minúscula perto dela!), claramente veio de perto ou de dentro do oceano pois tem marcas de conchas, mas está a algumas centenas de metros do mar.
A lenda diz que foi jogada ali pelo deus Maui (uma galinha gigante). Os geólogos e estudiosos acreditam que a rocha foi levada por um tsunami muito forte. Se essa teoria foi verdadeira, esse seria o maior e mais pesado objeto movido por um tsunami.
Além do Tsunami Rock, em Tonga também encontramos o único coqueiro com três “cabeças”. Tive que atravessar o mundo pra descobrir isso! Ehehehe
No nordestete da ilha tem um lugar chamado Mala Fa’akinanda, é a união de 3 pedras que fazem um portão (trilitão). Foi erguido a 1200 anos pelo rei. Conta a lenda que essas pedras mantém a pessoa longe de perigos e das pessoas que tentam assassina-la. Por via das dúvidas resolvi tirar uma foto com a pedra!
Para terminar o passeio em volta da ilha, fui visitar uma caverna linda encravada numa rocha em frente a uma praia ainda mais linda (se isso é possível. Dentro da caverna tem um lugar para nadar, eu só coloquei meus pés (porque a água era bastante fria), mas tinham uns meninos pulando mais de uma vez na água lá dentro.
Quando saí da caverna fui dar uma espiada na praia: incrível. E tinham umas árvores exóticas decorando a beira. Uma delas parecia que era uma árvore de bromélias, pensa na maravilha! Nesse momento me deu uma vontade incrível de agradecer. E gravei o que falei na hora:
Às vezes eu penso que morri
E que estou simplesmente viajando pelos lugares mais incríveis do mundo
Cada vez que eu viajo eu vejo uma coisa mais incrível do que ano outro lugar
Parece que Deus está sendo meu guia
E que ele quer me mostrar tudo de lindo que Ele fez nesse mundo...
É inacreditável
Às vezes eu penso que eu não consigo mais conceber tanta coisa linda
Aí vem outra
Obrigada.
Só Obrigada.
• Pesca é 80% da economia,
• As crianças aprendem em Tonganês no primeiro ano e no segundo ano as aulas são em inglês,
• Nada funciona aos domingos, 98% da população é religiosa.